Quo vadis, magister?

Numa época em que a escassez de candidatos profissionalizados para exercer funções docentes em várias zonas de Portugal é um problema preocupante, a par de um concurso que diminui a exigência nos requisitos habilitacionais para o exercício de funções docentes, surge agora na comunicação social o caso da professora de Matemática que, durante três...

Vai grande a discussão motivada pela possibilidade de os portadores de habilitação própria poderem ser opositores ao concurso extraordinário que se aproxima, com críticas pelo facto de se estar "a nivelar por baixo", de estes potenciais candidatos poderem vir ocupar lugares tendo menos qualificações, etcétera, etcétera… ´

Só para se ter a perceção do que seria necessário pagar para convencer os professores que sobram no Norte a vir trabalhar no Sul, lançou-se a questão num grupo de professores. Intenção igualmente subjacente à pergunta: tentar perceber se tudo se resume a uma questão de dinheiro.

Após uma leitura meio en passant do Decreto-Lei n.º 57-A/2024, publicado há algumas horas, fica a convicção de que, se o que se pretende é atrair professores para as zonas onde eles escasseiam, as únicas grandes novidades são a possibilidade de os portadores de habilitações próprias poderem ser opositores a este concurso extraordinário e o apoio...

Ou os autores do Blog DeAr Lindo andam distraídos ou as suas fontes privilegiadas andam a fazer um mau trabalho... A não ser assim, como se justifica que constitua novidade a integração de professores estrangeiros no sistema de ensino português?!

Homem do Norte, local do país com a maior concentração de professores, Fernando Alexandre parece querer passar para o público a ideia de que tudo está mal na Educação e que, qual capitão de navio em águas turbulentas, é ele quem tira do bolso as mezinhas milagrosas e vai resolver problemas que subsistem, na área educativa, há dezenas e dezenas...

Como ficou demonstrado em artigo anterior, o Decreto-Lei n.º 41/2022 não nasceu por acaso. Os abusos cometidos (alguns com a conivência de médicos a quem pouco ou nada custa fazer o jeito a alguns utentes que, por acaso, são professores colocados longe de casa) e a alta concentração de docentes em mobilidade por doença nos agrupamentos do costume,...

A situação de doença é algo extremamente delicado e que ninguém deseja. Por isso, é um direito de quem se encontra nessa situação poder beneficiar de apoios sociais e laborais que minimizem os efeitos derivantes da doença. Até aqui, estamos todos de acordo. O problema começa (e adensa-se!) quando alguns oportunistas tiram partido do que está na...

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